
Uma escola onde as crianças estudam seis horas por dia, têm aulas de artes e idiomas e praticam diversas modalidades esportivas, como balé e natação. Para as mães de Brenda, Maria Laura e Nayara, esse é o modelo de ensino perfeito para a rede pública. Atualmente, os estudantes têm cerca de quatro horas de aula, além de meia-hora de recreio. Mas se pudessem escolher, Erlane, Maria Aparecida e Sílvia gostariam que as filhas estudassem em horário integral.
A empregada doméstica Sílvia Araújo não vê com bons olhos a decisão da escola da filha de atender os alunos em três turnos. Com isso, Nayara tem ainda menos tempo de aula do que as crianças de outras escolas. Em 2009, a menina entrava às 15h e saía às 19h. Para Sílvia, o ideal seria que a filha estudasse mais horas por dia e tivesse acesso a cursos de qualificação:
— Gostaria que ela aprendesse a mexer no computador. Quando crescesse, não precisaria pagar um curso. Se tivesse na escola, seria melhor.
Artes e esportes integrados
A escola dos sonhos de Erlane Batista seria igual a uma unidade particular. A empregada doméstica se inspirou no modelo do educador Anísio Teixeira — defensor da escola pública em tempo integral — e imaginou um modelo de educação que integraria atividades, como artes e educação física no contraturno:
— A escola teria tudo. Seria de horário integral, como a do Anísio Teixeira, em que o aluno entra de manhã e, à tarde, tem aula de artes e educação física. É possível.
Além do quadro negro
No cotidiano das estudantes da rede municipal do Rio, são raras as aulas que fogem da combinação: quadro negro e giz de cera. No imaginário das meninas, a escola dos sonhos incentivaria práticas esportivas e artísticas.
A estudante Brenda Helena de Souza, de 11 anos, queria ter aulas de inglês e de desenho na própria escola. Como não encontra essas atividades no colégio e também não pode pagar um curso particular, sua opção foi contar com programas gratuitos oferecidos por uma igreja católica perto da sua casa. Mas se tivesse oportunidade, a estudante não pararia por aí:
— Queria que a escola tivesse cursos de teatro, canto, artes e de jazz. Seria legal ficar o dia inteiro estudando música e dança — imagina Brenda, que passou para o 6 ano.
Aulas de natação
Maria Laura Batista, de 14 anos, aluna aprovada para o 9° ano, gostaria de contar com mais estrutura na escola para praticar esportes e ter aulas diferenciadas.
— A escola deveria ter aulas de natação, a sala de informática poderia ter mais computadores. Também seria bom contar com mais espaço para recreação, porque fica todo mundo junto no recreio. Às vezes, os alunos caem e ficam se batendo — conta a estudante.
Nayara Araújo, de 8 anos, aluna que cursa o 2 ano, tem a dança como uma das suas atividades preferidas. Para ela, só falta praticá-la na escola em que estuda.
— Queria fazer aulas de dança e de balé. Também podia ter outros brinquedos na escola e mais computadores para os alunos. É bom estudar — afirma.
Clique aqui para acessar o link e ver a matéria completa.

